PQ NÃO?

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um pouco do muito pra mim...!

Questão Histórica Rural do Brasil
A priori temos que nos revelar o verdadeiro sentido de estudar a história do campo, atualmente vivemos nesse resgate de buscar uma explicação histórica geográfica para estudar o campo, há muitos e muitos anos convivemos com um verdadeiro silêncio a designar essa história, fomos apenas agraciados com algumas obras literárias que buscavam no campo um ambiente favorável para o drama de alguns romances, mas cadê a História? Por que esquecemos durante tanto tempo de estudar a fundo o campo.
A história rural do Brasil, não se resume só a seca, também não se resume só ao gado; o camponês tem história, assim como o campo brasileiro também tem história, que vai além da seca e do gado. Como chegamos as cruéis realidades de hoje no campo? De que forma esse campo se voltou quase totalmente para o gado e agricultura? Se a diferença social no Brasil rural são abismos inigualáveis de que forma se deu isso? Respondendo a essas perguntas que muito nos instigam hoje, traremos a tona algumas verdades que construíram a história e a realidade desse povo agrário de hoje.
O Brasil colonial na realidade era como um todo agrário e muitas fazendas construídas no passado deram origem as cidades que temos hoje, nessa configuração a sociedade avançou em certos sentido e a “civilidade” foi se formando, e em áreas restritas e um pouco afastadas dessa civilização foi se dando a força do trabalho nos campos de café, de cana, de cacau e muitas outras, nessas áreas habitavam a força mútua de trabalho que se tinha através do escravo e do índio, desde então esse dois povos juntamente com alguns portugueses e imigrantes italianos, que viviam na sola da sociedade civil brasileira formaram a população rural que temos hoje, pequenas propriedades se fincavam e tinham seus sustentam a partir da Terra e disso faziam seus negócios e suprimiam suas necessidades, até que em 1850 entra em vigor a lei mais antiga que temos no Brasil instalado durante o império brasileiro tendo como autoria dessa lei Bernardo Pereira de Vasconcelos que a partir de um projeto de lei apresentado ao conselho de estado do Império em 1843, conseguiu fazer com que a tal lei fosse aprovada, e ganhamos então a Lei de Terras que estabelecia a compra como a única forma de acesso à terra e abolia, em definitivo, o regime de sesmarias.
Vejo então o começo de um problema que se arrastou desde esse tempo pra cá a questão da péssima distribuição fundiária no Brasil e juntamente com ela a tão sonhada solução para o problema, a reforma agrária, mas que complexa essa situação no Brasil traz diversas intrigas e diversas discordâncias, porém podemos a partir desta situação nos certificarmos de uma coisa, nem é preciso lembrar que quem ficou sem terra e conseqüentemente sem sustento nenhum, foi o homem do campo! O homem simples do campo descendentes daquela força de trabalho a que me referi no começo do texto, pois é, eles ficaram aí beirando a miséria, migrando e chão em chão, de sol a sol, e uma certa parte que além desse mísero fato de ter ficado sem terra ainda sofreu com procedimentos cruéis e naturais da terra, como a seca, no caso das pessoas que viveram no polígono das secas, no nosso nordeste agrário, e sendo esses os protagonistas da literaturas brasileira que tanto nos fazem chorar e lembrar que no mundo capitalista não manda a dignidade, não manda a força de trabalho e só somente só o dinheiro e quem ele possui.
Bem o futuro dessas pessoas não foi nada promissor avançando mais um intervalo de tempo da história brasileira, lembramos-nos dos camponeses sem terra em outro momento da nossa história, nos lembramos no surgimento do MST, que surgiu na década de 80 quando o Brasil passava pelo Record nacional de formação de indústrias colocando o país ao lado dos maiores exportadores do mundo, na contramão desse fato aumentou muito o desemprego nos grande centros urbanos e o êxodo rural começou a ocorrer em sentido inverso, resultado? o povo se revoltou e formaram o movimento dos sem terra hoje considerado o movimento mais radical, mais violento e ofensivo no Brasil, motivos para essa revolta nunca faltou e o pior é que nunca vai faltar, acredito na luta deles, penso que usam métodos errados porém a realidade deles ensinaram eles a lutar dessa maneira, com pal e pedra na mão, eles se instalam seja lá onde for, sem buscar donos nenhum, eles se autodenominam donos de verdadeiros latifúndios, como julgar quem foi excluído a tantos e tantos anos e agora quer um pouco do muito pra si?
Hoje vemos no nosso Brasil rural uma vontade imensa de vencer, de aprender, de estudar, de ajudar a mudar essa realidade antiga que tanto atrasa o campo de um avanço econômico social, prezo por essa mudança, creio que a força da educação vai fazer com que o homem rural guarde um pouco sua força braçal e use apenas o lápis para mudar a realidade da sua comunidade, vivendo e transformando o campo a partir da ajuda do professor reflexivo, da escola persuasiva, eles terão um prazer no trabalho não de ganho somente capital mas de ganho pessoal e coletivo para o bem também da sua família que se desenhará nessa nova história.
bjos abraços Karen Dannielle

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